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DO PEIXE SANTISTA AO NITEROIENSE — UM PERFIL SOBRE WAGNER, CAMPEÃO BRASILEIRO DE 1995

O mundo do futebol é complicado. A carreira é curta. A torcida, impaciente. O calendário, desajustado. A preparação, cansativa. Do outro lado, o dinheiro, a fama e a glória. Quando você vê, a diretoria atrasou os salários. Há quatro meses. Joguem por amor. A fama e a glória passam rápido, mais rápido ainda se você não carregar títulos no currículo. Quando percebe, 40 anos já. Está “velho”. Hora de aposentar. Vai tentar ser treinador? Comentarista? Melhor ficar só nos eventos do ex-clube e jogos de master. Amigos do Zico x Amigos do Romário e algumas aparições nos intervalos das partidas. Sebastião Wagner de Souza e Silva, ou só Wagner, passou por todas essas fases: da glória no campeonato Brasileiro de 95 aos salários atrasados. Dos títulos de 97 e 98 aos mitos sobre seu desempenho e a saída forçada em 2002. Treinador de clubes pequenos de 2005 a 2007, preparador de goleiros do time do coração em 2009. Último contato profissional com o futebol. Desde então, tornou-se dono de um restaurante em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro. É sentado em uma das mesas onde trabalha que ele confessa: “Se o Botafogo estalar os dedos, eu volto”.

Era manhã de sexta-feira. Wagner estava em pé na entrada do seu restaurante, no segundo andar do Mercado de Peixes São Pedro, localizado no centro da cidade de Niterói, no começo de uma das principais vias da cidade, a Avenida Visconde do Rio Branco. São dois andares de comércio: o primeiro, de ponta a ponta é preenchido por grandes boxes brancos de peixaria. Um ao lado do outro. Espaço reservado para os comerciantes exclamarem palavras-chave de desconto e competirem pela atenção dos clientes que não param de entrar. Bancadas e mais bancadas com diferentes tipos de frutos do mar sob a supervisão de uma estátua de São Pedro, um dos doze apóstolos de Cristo, segundo o Novo Testamento, que compõe a entrada do local.

No segundo andar, estão os restaurantes. Amplos e ocupados por mesas e cadeiras, em sua maioria, de madeira, ainda vazias no horário da manhã. Mas o horário não impede que os garçons se posicionem em frente a cada estabelecimento e, com frases de efeito, seguram o cardápio e te apresentam o cardápio do local. “Você vai ver que a sardinha aqui é muito mais saborosa que a do vizinho”, diz um deles rindo. Estratégia semelhante a do andar de baixo.

É neste mesmo andar em que está o restaurante de Wagner, local onde trabalha de segunda a sexta-feira. Ainda que fosse a primeira vez ali e ele não estivesse em pé na entrada, como os garçons, seria fácil reconhecer o seu trabalho. Um bar, ao fim do corredor à direita, tem o nome “Bar do Wagner” escrito em letras garrafais brancas em um fundo azul estampado na faixada. Uma bola de futebol preta e branca forma a letra “o” da preposição e, outra, ao lado do nome, carrega a estrela solitária, símbolo do clube Botafogo de Futebol e Regatas — um contraste com as duas bandeiras do rival carioca, Fluminense, que se estendem no primeiro andar do mercado.

Àquela hora, o ex atleta conversava com alguns de seus funcionários e o jeito calmo e reservado, que lhe fizera fama, ainda estava presente. Vestia uma blusa de manga curta verde e uma bermuda cargo bege que pouco se assemelhava ao uniforme que usou durante 18 anos. O bigode dos anos 90 já não existia mais. No entanto, o porte de goleiro e a emoção ao passear pela sua história não deixavam esquecer quem era e o que construíra.

Ao chegar para entrevistá-lo pela primeira vez, Wagner me encaminhou para uma das mesas de madeira com dois lugares e sentou-se frente a frente comigo. Enquanto conversávamos, ele mantinha o olhar no seu negócio e orientava os funcionários.

— Dani, a mesa 8  — avisou a uma das garçonetes  — tem que limpar ainda.

Os minutos passavam e, chegando perto às 12h00min, os clientes começavam a chegar a procura de um lugar para almoçar. Enquanto conversávamos, um grupo de torcedores pediu licença para tirar uma foto com o ex-jogador.

— Com licença, desculpa interromper, mas vou tirar uma foto com você — disse o torcedor ao se aproximar do ídolo alvinegro.

Wagner se levanta e se dispõe a tirar duas fotos. Um dos torcedores, entusiasmado, observa sorrindo a imagem no aparelho celular. Ainda com os olhos fixos na tela, avisa:

— Essa eu vou mostrar para o meu filho.

Wagner explica que muitos vão até lá para lhe fazer uma visita e perguntar como foi a conquista do título brasileiro de 95 pelo Botafogo, o último grande título conquistado pelo clube. Para ele, não há problema em responder.

— Se você ficar aqui o dia todo, você vai ver. Às vezes eu tiro umas 10 fotos. Eu visualizo como se eu estivesse jogando ainda. Acaba o jogo, eu passo por ali tem que dar autógrafo, tirar foto. É mais ou menos a mesma coisa.

O jeito receptivo ele mantém desde os tempos de jogador. Igor Cordeiro, de 32 anos, relembra o dia em que ganhou um autógrafo do ídolo. “Foi no último treino do Botafogo antes da final da Copa do Brasil de 99. Na sede do clube. Cheguei lá e ele estava treinando penais com o Rodrigo Beckham. No fim, veio falar com o pessoal que assistia e deu autógrafos”.

Outra característica marcante — junto com mascar chiclete e tomar café no intervalo das partidas, mania que carrega até hoje ao participar de jogos —do ex-goleiro é o jeito mais reservado. Tanto os seus colegas de clube quanto os torcedores que acompanharam a sua passagem destacam a serenidade. “Sempre muito calmo, era uma coisa que eu gostava. O Wagner não esboçava tanta emoção”, diz Thales Machado, jornalista e autor do livro O Botafogo de 95. Nem mesmo quando tinha seu nome envolvidos em polêmicas, Wagner mudava seu comportamento. “Ele nunca foi de bater boca com quem quer que seja. Nem em treino, nem em jogo, muito menos publicamente com a imprensa. Um cara sério e de poucas brincadeiras”, descreve João Roberto Gomes, autor do personagem “Zé Fogareiro”, um blog de opinião na internet sobre o Botafogo.

No vestiário, por ser um dos novatos no time e vir de clubes com menor expressão, o goleiro preferia ouvir os mais experientes como os zagueiros Wilson Gottardo e Marcelo Gonçalves.

— Eu era mais tranquilo, falava só o necessário, prestava mais atenção. — conta Wagner.

Mesmo discreto, zelava pelo comprometimento dos companheiros. “Ele pegava os vacilos de alguns jogadores e ficava no vestiário dizendo que não era baú para guardar segredos, situações da vida pessoal, principalmente de alguns. Era cômico e sério”, relembra o companheiro de clube e capitão do time de 95 Wilson Gottardo.

Após deixar o futebol profissional, tomou o caminho do comércio. A experiência no empreendedorismo começou ao tentar ter uma cooperativa de táxis em Niterói, poucos meses depois de se aposentar. Não prosperou. Foi quando um amigo, a quem se refere como Maza, o convidou para ter um quiosque em sociedade no calçadão da praia de Camboinhas, bairro de classe média alta da região oceânica niteroiense.

Muitos jogadores se perdem financeiramente depois da aposentadoria. Segundo psicólogos em uma reportagem feita pela revista IstoÉ, uma grande parcela de atletas não tem base administrativa para cuidar de suas fortunas e isso se deve ao tempo apertado, por estarem sempre jogando ou treinando, que os impossibilita de fazer uma faculdade à distância ou um curso técnico, além de interromperem os estudos muito novos para investir na carreira. Um estudo feito por uma organização da Inglaterra, XPro, e divulgado na mesma matéria, revela que três em cada cinco boleiros, ou 60%, declaram falência em até cinco anos após se afastarem dos gramados. A Associação Inglesa de Profissionais de Futebol, no entanto, contesta os números, alegando que a falência está na casa dos 20%. No Brasil, não há um estudo semelhante.

Não demorou muito para que o futebol e o Botafogo cruzassem o seu caminho novamente. Em 2009, ano que ficou marcado pela briga contra o rebaixamento do clube de General Severiano, foi chamado para ser preparador de goleiros do time em que outrora atuara. A idade não o permitia mais ocupar o espaço debaixo das traves, mas poderia ensinar aos demais tudo o que aprendera em sua carreira. O comércio poderia esperar, não titubeou em voltar ao clube.

— Para o Botafogo eu fui de corpo e alma. Aí, não deu certo, eles me mandaram embora. Só Deus sabe por quê.

Foi, para ele, a sua maior decepção no futebol. Os jornais da época noticiaram a volta de Wagner, um dos campeões do clube, com entusiamos. Estevam Soares, treinador que comandou a equipe até janeiro de 2010, explicou, em entrevista ao Jornal Extra em 2009, que a escolha por Wagner se dava pela identificação que tinha com o clube. Em 2013, uma reportagem feita pelo portal de notícias UOL, reportou que a saída teria acontecido por um desentendimento do ex-jogador com a diretoria ao cobrar na justiça trabalhista um ano e nove meses de salário referentes ao período em que ainda era jogador do clube, em 2002, o que acabou criando um clima ruim entre o então preparador de goleiros e a diretoria do clube.

Após a saída em 2009, Wagner decidiu abrir seu estabelecimento atual, o Bar do Wagner. É ele quem compra os materiais, ajuda a atender os clientes, supervisiona os funcionários e, volta e meia, senta para bater um papo com os frequentadores. Na segunda vez em que estive em seu restaurante, Wagner estava atrás de uma mureta lavando os pratos e depois passou a organizar os engradados de cerveja. Na terceira, estava atendendo a uma mesa de amigos,em que se sentou e serviu-se um copo de cerveja.

No restaurante, a única coisa que remete ao passado no clube é a estrela solitária na fachada. Ele explica que não quis colocar mais nada referente ao Botafogo — embora muitos torcedores peçam — porque quer que seja um ambiente convidativo para qualquer torcedor.

Pai de dois filhos, Victor Wagner, de 19 anos, fruto do primeiro casamento e, João Victor, de 4 anos, o ex goleiro diz que se aposentou dos gramados e das peladas. Ele explica que, hoje, o tempo que ele tem fora do comércio é dedicado à sua família. Além disso, diz não ter mais paciência para o futebol, principalmente por conta do horário em que são marcadas as “peladas”.

— Os colegas que jogam futebol, jogam depois de 21h. Eu nunca gostei de jogar bola essa hora. Isso não é hora de futebol, é tarde. — Explica.

Embora diga isto, o jornalista e torcedor Pedro Chilingue, revela que já jogou com o ídolo na quadra do condomínio onde ele reside. “Lá ele conhece e brinca com todo mundo. É mais desenvolto e recebe muito bem quem vem de fora. E pega todos os meus pênaltis”, conta.

Ainda que diga não ter mais fôlego para os gramados, Wagner não poupa o que lhe sobrou para com seu filho mais novo.

— Ele me faz correr, pular, lutar. Ele é chapa quente. — descreve o pai e ex-goleiro. Com o filho mais velho, revela ter pouco contato. — Nas poucas vezes em que a gente se encontra, a gente conversa ou ele vem aqui no bar. Quando vinha. Agora ele está mais afastado.

Diferente do que fazem muitos ex-esportistas, Wagner não tem um canto em sua casa para exibir quadros e troféus, mas os guarda com carinho.

— Quando achar que estou em um local onde não vou sair mais, farei um canto com todos os meus quadros, medalhas… Não é muita coisa, mas dá para enfeitar uma parede.

Da época do Botafogo, no entanto, não sobrou nada consigo. Guarda apenas as peças de quando trabalhou pelo clube e as homenagens em eventos.

— O uniforme de campeão brasileiro eu dei. A luva eu dei para o meu irmão jogar pelada.

As duas saídas forçadas do Botafogo (em 2002 como jogador e em 2009 como preparador) podem ter contribuindo para uma característica mais reservada na hora de falar sobre, inclusive para torcer — Wagner revelou que no ano de 2016 não foi ao estádio, mas assiste aos jogos do clube de coração.

Para a produção do livro O Botafogo de 95, o autor Thales Machado revela que não conseguiu se aproximar do ex-goleiro. “Ele foi muito resistente na hora de dar uma entrevista. É meio pé atrás, principalmente com as coisas relacionadas ao Botafogo. Ele é um cara meio diferente do que a gente vê no futebol, mas a atitude mudou depois que lancei o livro. Quando entreguei, ele quis tirar uma foto. No lançamento, foi muito simpático, contou mais coisas.”, revela.

Ainda que o ex-atleta tenha mágoas com a instituição, os alvinegros só têm a agradecer por sua passagem. Wagner escreveu a sua história no dia 17 de dezembro de 1995, no estádio do Pacaembu, contra o Santos. Mais precisamente dos 20 aos 40 minutos do segundo tempo. As grandiosas defesas, muitas inacreditáveis, asseguraram o título brasileiro para o clube carioca e lhe garantiram a imagem de “herói de 95” e de ídolo eternizada no Botafogo. O chute que defende de Giovanni, ex-atacante do Santos, ecoa na mente dos botafoguenses até os dias atuais, inclusive dos que nem eram nascidos ou jovens demais para lembrar da partida. “Já revi esse jogo centenas de vezes na internet. É inacreditável. Ele tinha identificação com o clube e coroou com o título.”, diz Rodrigo Moraes, torcedor botafoguense de 20 anos.

Com o apito final da partida, o então goleiro titular caiu no gramado do Pacaembu e sobre eles derramou suas lágrimas. Um choro sincero de quem realizou o sonho de uma torcida, o seu próprio e o de seu pai.

Nascido e criado em Nova Iguaçu, Wagner experimentou vários exercícios, mas não demorou para perceber que o jeito estava para ocupar a pequena área. Com o incentivo do pai, o caminho no futebol começou dos 14 para os 15 anos no Bonsucesso, onde permaneceu por dois anos. Em 1986 e 1987 esteve no Mesquita ainda como amador. Em 1988 foi para o Bangu, clube em que se profissionalizou. Durante esses anos, o anonimato permitia que o futebol não se limitasse apenas ao campo.

— Eu frequentava arquibancada quando era garoto. Eu via jogo na geral do antigo Maracanã.

Permaneceu no clube da Zona Oeste até ser transferido ao Botafogo em setembro de 1993. Chegou quando o clube disputava a Taça Conmebol, que acabou por ser o seu primeiro título pelo clube da estrela solitária, embora não tenha entrado em campo pela competição. Como o Botafogo e sua torcida são conhecidos por suas superstições, há quem acredite que a chegada em um ano de conquista internacional era um sinal.

Chegou ao Botafogo para ser reserva do Carlos Gibowski, o Carlão e, tanto para a torcida, quanto para a imprensa, não passava de uma aposta. “Aos poucos ele evoluiu e a torcida passou a ter mais confiança. Em 1994 já fizemos um bom Brasileiro, fomos até as quartas de final e o Wagner já demonstrava ali sua importância”, contou André Botafogo Laranjeira, torcedor de 41 anos. É também em 94 que vem um dos momentos mais difíceis para o goleiro: depois de uma atuação ruim no meio daquele ano, perde a posição para Carlão no final do campeonato e começa no banco em 1995.

Wagner recuperou a posição após uma falha de Carlão em um jogo contra o Olaria. Mas começou o campeonato desacreditado sob as notícias que o clube buscava outro para a posição. Nos jornais, nomes como o de Zetti e Toni Meola passaram a ganhar espaço.

— Quando você não está jogando, a sua cabeça pensa um montão de coisa, né?Já estava pensando que no final de 94, o Botafogo ia me emprestar ou trazer outro jogador para a posição e eu não teria mais chance.

Não foi o que aconteceu. Wagner cresceu no time e chegou no campeonato brasileiro como um cara seguro e com a torcida confiante no seu trabalho. “Ele era um excelente goleiro embaixo das traves, mas ruim na saída de cruzamentos. Muito sério, discreto e compenetrado. Quando se firmou como titular, já passava a imagem de que seria um grande goleiro, seguro e um dos líderes do time”, descreve Raul Queiroz, torcedor de 45 anos.

Após 1995, Wagner ainda foi campeão da Taça Teresa Herrera em 1996, do campeonato estadual de 1997, da Rio-São Paulo de 1998 e vice campeão da Copa do Brasil em 1999. Embora tenha conquistado 5 títulos pelo Botafogo, se envolveu em uma forte história sobre a sua visão, que julgavam ser falha à noite. Segundo ele, a história surgiu de dentro do clube e até hoje o acompanha.

— Eu ganhei o Brasileiro, Teresa Herrera, estadual de 97, fui vice-campeão da Copa do Brasil… Tudo isso à noite. Então, na copa do Brasil, que só era à noite, eu enxerguei para caramba, né?

Wagner contou com a influência do então capitão Wilson Gottardo, a quem se refere como “padrinho”, para permanecer no alvinegro carioca. “Minha relação com Wagner era muito boa. Eu vi qualidades e poder para evoluir na função de goleiro, além da tremenda força de vontade em vencer”, explica o ex-capitão. “Ele era um tanto reservado, natural isso. Tinha boa postura na construção do trabalho em equipe”.

Encerrou a sua passagem no Botafogo em 2002 e, segundo ele, pela porta dos fundos — o clube rescindiu seu contrato após uma questão salarial. “Queria ter tido a oportunidade de completar 10 anos no clube e me tiraram essa chance”. Durante os últimos anos no clube, Wagner tornou-se um ponto de referência. Era um jogador experiente, com títulos no currículo, um porto-seguro para a torcida. “Era maravilhoso ter um goleirinho de bigode. Figura dos anos 90 que marca. Era um ponto de segurança ali e diante de umas zagas horrorosas que o Botafogo teve depois de 95”, disse Thales Machado.

Após encerrar a carreira nos gramados, o ex jogador alvinegro foi tentar a beira deles. Investiu na profissão de técnico e comandou a equipe do Boavista-RJ, clube de Saquarema por dois anos (2005–2007). Durante o período, Wagner fez dois campeonatos na segunda divisão carioca. Hoje, ele diz que não era “a sua praia” comandar 30 jogadores.

Ao ser perguntado se, ele próprio, se considera um ídolo do Botafogo, Wagner é discreto: “Não me rotulo dessa forma. Eu levo essa coisa na boa, do pessoal vir e tirar foto, mas eu sou uma pessoa normal. Eu gosto de estar no meio de todo mundo, de brincar. Particularmente, não acho que sou um ídolo”. Mas há quem discorde.

“Wagner para o botafoguense representa o amor que sentimos pelo clube e a força de sempre acreditar que é possível”. Raul Queiroz, 45 anos.

“O Wagner, ele é abraçado e adorado por qualquer botafoguense e isso ele quem conquistou, degrau por degrau, na história dele dentro do clube. Aquele choro no final do jogo, então… Para mim, aquilo ali é o Botafogo”. João Roberto Gomes, 36 anos.

“Aindaacho que o Wagner é o maior goleiro da história do clube. Ganhou o título mais importante com uma puta atuação na final. Pelo menos o maior goleiro que eu vi jogar”. Thales Machado, 28 anos.

“Um grande goleiro, ídolo de uma geração. Espero que um dia possa voltar a trabalhar no clube. Merece todo o reconhecimento da torcida e da instituição pelo atleta que foi”. Rodrigo Moraes, 19 anos.

*Texto escrito em 2016.